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Internacional

Zelensky diz que discutiu defesa aérea e sanções com Trump no Vaticano

Presidente ucraniano diz que acertou cessar-fogo de 30 dias
Anastasiia Malenko e Max Hunder - repórteres da Reuters
Publicado em 03/05/2025 - 15:03
Kiev
O presidente da Ucrânia, Zelenskiy, encontra-se com o presidente dos EUA, Trump, no Vaticano
Serviço de Imprensa Presidencial Ucraniano/Divulgação via REUTERS
© Serviço de Imprensa Presidencial Ucraniano/Divulgação via REUTERS
Reuters

O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky disse que discutiu sistemas de defesa aérea e sanções à Rússia com Donald Trump durante o funeral do Papa Francisco no Vaticano, no que ele chamou de o melhor encontro que os dois já tiveram.

Em comentários divulgados por sua istração presidencial, Zelensky também disse que ele e o presidente dos EUA concordaram que um cessar-fogo de 30 dias entre Kiev e Moscou era o primeiro o correto para acabar com a guerra na Ucrânia.

Ele disse que levantou o assunto das sanções com Trump na reunião improvisada da semana ada, e que a resposta de Trump a essa questão foi "muito forte". Zelensky não deu detalhes.

Ele também disse que o acordo sobre minerais essenciais assinado pelos dois países na quarta-feira foi mutuamente benéfico e que permitiria à Ucrânia defender futuros investimentos dos EUA, bem como seu próprio território e povo.

O acordo, amplamente divulgado por Trump, dará aos Estados Unidos o preferencial a novos acordos de minerais ucranianos e liberará investimentos americanos na reconstrução da Ucrânia.

Zelensky disse que o dinheiro seria, pelo menos inicialmente, reinvestido e não sairia da Ucrânia.

"Só se as partes, no futuro, concordarem que em 20 anos o fundo estará bem, as coisas estarão sendo construídas, haverá produção", disse ele, aparentemente se referindo à possibilidade de retiradas a longo prazo.

O acordo visa estabelecer um fundo para gerir investimentos e reter lucros. Zelensky afirmou que haverá uma divisão de 3-3 entre os indicados ucranianos e americanos no conselho de supervisão do plano, que escolherá seu diretor.

Sobre o elemento de segurança do acordo, Zelensky destacou a importância de defesas aéreas mais eficazes, que continuaram sendo um dos principais pedidos de Kiev aos seus aliados durante a invasão em grande escala da Rússia, que já dura três anos.

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